O Sindicato dos Bancários de Cascavel apresentou uma denúncia formal contra o Santander à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apontando possíveis irregularidades na forma como o banco apresenta seus lucros e resultados financeiros ao mercado.
Segundo o sindicato, há indícios de que o banco estaria priorizando a distribuição de lucros aos acionistas, mesmo quando os resultados reais não justificam tal prática. E enquanto isso, bancários convivem com cortes, metas inatingíveis, cobrança por produtividade e precarização do ambiente de trabalho.
O que essa denúncia tem a ver com quem trabalha no banco?
Tudo.
Quando um banco exagera na apresentação dos lucros, ele pode esconder uma realidade interna muito diferente — onde há redução de custos às custas dos trabalhadores, menos benefícios, mais pressão e menos estrutura.
Se você:
- Está acumulando funções sem remuneração adicional;
- Vem sofrendo pressão excessiva por metas;
- Teve cortes em comissões, PLR ou jornada;
- Sofre assédio institucional ou ameaça de demissão por não “entregar resultado”…
Então essa denúncia pode ser um ponto de partida para questionar, comprovar e acionar seus direitos na Justiça.
Ações coletivas ou individuais?
Ambas são possíveis. Bancários que se sentem prejudicados por essas práticas podem:
- Buscar a revisão de metas e cobrança excessiva;
- Solicitar indenização por danos morais, se houver assédio ou ambiente tóxico;
- Cobrar diferenças salariais, PLR ou horas extras;
- Pedir o reconhecimento de acúmulo de função, quando estiver exercendo mais de um cargo sem a devida remuneração.
A atuação do sindicato ajuda a criar um cenário mais favorável para essas análises — mas a ação jurídica individual é o caminho mais direto para resolver o seu caso.
Preciso estar demitido para buscar meus direitos?
Não. A lei permite que trabalhadores na ativa ou desligados possam ingressar com ações para cobrar direitos não pagos, corrigir erros ou denunciar situações abusivas no ambiente de trabalho.
Inclusive, agir ainda durante o vínculo pode evitar prejuízos maiores no futuro.
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